DO COTTON CLUB PARA HOLLYWOOD

A cantora de jazz e também  atriz, a afro-americana Lena Horne, diga-se de passagem, uma das minhas favoritas, iniciou sua carreira nas anos da década de 1930, cantando em boates e no Cotton  Club, no Harlem. Atraente, de pele negra, boca sensual e dona de uma linda voz, Miss Horne assinou um contrato de longo prazo com um dos mais famosos estúdios de Hollywood, a Metro Goldwyn Mayer. Passou a fazer parte do que havia de melhor na trupe da Metro, que incluia numerosos astros e estrelas da fase de ouro  dos filmes musicais como Judy Garland, Virginia O'Brien, Eleanor Powell, Ann Miller, Cyd Charisse, Kathryn Grayson, June Allyson, Howard Keel, Mickey Rooney, Gene Kelly, Fred Astaire, Frank Sinatra, Bing Crosby, Mario Lanza e dentre outros tantos da nata da MGM, a recém-chegada Lena Horne. Sua estréia na Metro, deu-se no filme Panama Hattie-1942, do diretor Norman Z. McLeod. Ainda neste ano, Lena atuou na magistral produção dirigida por Vincente Minnelli, com um elenco somente de negros, intitulada  Cabin in the Sky. Da sua filmografia, seguiram outros tantos musicais de sucesso, como Thousand Cheer-1943, do diretor George Sidney, Broadway Rhythm-1944, de Roy Del Ruth, Two Girls and a Sailor-1944, de Richard Thorpe, Ziegfeld Follies-l945, de Vincente Minnelli, a biografia do compositor Jerome Kern em Till the Clouds Roll By-1946, de Richard Whorf, Words and Music-1948, de Norman Tourog ,  Duchess of Idaho-1950, de Robert Z. Leonard, Meet Me in Las Vegas- 1955, de Roy Roland etc.
Nos anos da década de 1950, Lena Horne entrou na lista negra de "caça às bruxas", cultivada pelo Senador Joseph Raymond McCarthy, como suspeita de atividades comunistas, mas conseguiu escapar das acusações por falta de provas.(Ver pág. 76, O Macarthismo, do nosso livro Crônicas em curta- metragem- A sétima arte do século XX na visão de um amador).
Nos anos seguintes, Lena teve uma participação ativa nos movimentos de direitos civis, contra a discriminação racial.
Ganhou prêmios pelo conjunto de seus trabalhos: Um prêmio Tony, em 1982 e três prêmios Gremmies, em 1989.
Lena Horne (1917-2010), partiu para a sua última morada em 9 de maio de 2010, aos 93 anos.

Incluem-se também, na lista de minhas cantoras favoritas da terra do Tio Sam, Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan, Julie London, Doris Day, Dinah Shore, Dinah Washington, Billie Holiday, Peggy Lee, Shirley Bassey e Sade Adu.