A TECNOLOGIA NO CINEMA

Os filmes coloridos chegaram às telas ainda nos tempos do cinema mudo. O cineasta francês Marie George Jean Méliès chegou a produzir filmes coloridos à mão. Por volta de 1908, o potentado da indústria francesa de cinema, Léon Gaumont, conseguiu realizar algumas produções com cores impressas na fita, mas este processo não vingou, uma vez que geravam dificuldades técnicas na produção de películas virgens.
Em 1926, surge o processo Technicolor utilizado no filme The Black Pirate-O Pirata Negro, do diretor Albert Parker, com Douglas Fairbanks. Gradualmente os filmes em preto e branco foram saindo de cena.
O Technicolor garantiu cores mais exuberantes e superou o Pathé Color, dos irmãos Pathé, e o Eastmancolor, do inventor e industrial norte-americano George Eastman (1854-1932).
Quanto a técnica entre o som e a imagem, a Vitaphone aposentou a era silenciosa da Sétima Arte, no primeiro filme com a voz incorporada no cinema,  chamado The Jazz Singer-O Cantor de Jazz-1927, do diretor Alan Crossland, com Al Jolson. Utilizando-se de um sistema de acoplamento das palavras, a voz do cantor Al Jolson, depois de gravada em disco, foi reproduzida pelo fonógrafo do inventor Thomas Alva Edison (1847-1931), em sincronia com os seus movimentos labiais no filme. Contudo, este processo, ainda rudimentar, precisava ser melhorado.
Em pouco tempo uma nova técnica é criada, o Movietone, com o som gravado diretamente na película, em sinais óticos, lidos pelo projetor e convertidos eletronicamente em sinais sonoros. Método que é usado até hoje nos cinemas que não contam com a mais nova tecnologia, o equipamento digital.
O aprimoramento, porém, não parou por aí. Com o fim de proporcionar ao público imagens panorâmicas, em 1952, o inventor Fred Waller, associado com Mike Todd, Lowell Thomas e Merian C. Cooper, levam para o cinema a sofisticação, valendo-se da tela grande, o CINERAMA. Trata-se de um método de projeção sobre tela côncava, a qual produz  no espectador a impressão de relevo, como se as imagens tivessem três dimensões, pois eram utilizadas câmeras de filmagem com três objetivas e três máquinas de projeção sinccronizadas. O CINERAMA  projetou os clássicos The Wonderful World of Brothers Grimm-O Maravihoso Mundo dos Irmãos Grimm-1962, de Henry Levin, How The West Was Won-A Conquista do Oeste-1962, de John Ford, Henry Hathaway e George Marshall, Khartoum-Cartum-1966, de Basil Dearden, Grand Prix-1966, de John Frankenheimer e 2001: A Space Odissey-2001: Uma Odisseia no Espaço-1968, de Stanley Kubrick. O uso do CINERAMA, porém, foi limitado por ser dispendioso e exigir salas de projeção especiais.
Em 1953, as telas ganharam outra inovação o CINEMASCOPE, uma lente  que reproduz imagens em grandes proporções projetadas sobre wide screen, isto é, a tela larga, idealizada pelo físico francês Henri Chretien; um sistema mais fácil e mais barato que deu certo.
O primeiro filme em CINEMASCOPE  foi The Robe-O Manto Sagrado-1953, de Henry Koster.
No campo do áudio, o cinema recebeu o Som Estereofônico, o qual caracteriza por reconstituir a distribuição das fontes sonoras. Em seguida veio o Dolby Estéreo, sistema de gravação e redução de ruidos, inventado pelo engenheiro eletricista norte-americano Ray Milton Dolby. O Surround Sound, é a mais recente novidade neste campo. Consiste em um apurado processo de transmissão de som, que proporciona a impressão de estar participando da ação, visto que esse sistema eletrônico, em multicanal, emite um som intenso das caixas acústicas da sala de projeção, envolvendo os espectadores; um sistema que podemos ter em casa, conhecido como Home Theater.
Quanto ao filme Khartoum citado no texto, ver página deste blog, de 24-03-2011.

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