Voltamos ao assunto sobre o grande mito da música popular norte-americana, o ídolo de várias gerações: Francis Albert Sinatra. Se estivesse vivo, completaria hoje 96 anos.
Chegou a ser apontado pela revista Time como "a garganta perfeita da melodia americana". No cimema ganhou o Oscar de melhor ator coadjuvante pelo brilhante trabalho no filme From Here to Eternity-A Um Passo da Eternidade-1953, de Fred Zinnemann. Em The Man With The Golden Arm-O Homem do Braço de Ouro-1955, de Otto Preminger, Sinatra vive o papel de um baterista de jazz viciado em morfina. Pela sua magistral interpretação, foi indicado ao Oscar, mas perdeu para Ernest Borgnine em Marty-1955, um belo filme do diretor Delbert Mann.
Havia rumores de que Frank Sinatra mantinha ligações com a Máfia.
O mafioso Sam Giancana envolveu Sinatra, dizendo que o cantor servia-lhe de anfitrião e que era seu sócio nos jogos de azar. Pressionado pela Junta de Controle de Jogos, em Las Vegas, Sinatra concordou em vender sua parte das ações. Também, segundo comentavam, Frank Sinatra, que na ocasião encontrava-se profissionalmente sem prestígio, devido a seu rompimento com a Metro- Goldwyn- Mayer e sem renovação de contratos com as gravadoras, recebeu subsídio da Máfia, à qual ele havia recorrido, para ganhar o papel do personagem Angelo Maggio no filme que envolve a atmosfera de Pearl Harbor, From Here to Eternity, extraido da obra literária de James Jones. O mandachuva da Columbia Pictures, Harry Cohn já tinha escolhido o ator Eli Wallach, mas com a intervenção de seus amigos da Máfia, Sinatra ganha o papel e o desempenha magistralmente, e logo retorna ao estrelato.
O até então Secretário da Justiça Robert Kennedy, amigo de Sinatra, decidiu fazer uma diligência sobre a Máfia e, para a sua surpresa, o nome de seu amigo aparece ligado a Charlie Lucky Luciano, Frank Costello, Sam Giancana e Hank Sanicola, o que causou indignação na Casa Branca.
O homem de olhos cor de hortênsia, merecidamente reconhecido como "The Voice", deixou este mundo aos 83 anos. Sua despedida comoveu celebridades da música, do cinema e uma legião de admiradores em todo o mundo.
Bill Clinton lamentou: Creio que todos americanos deveriam sorrir e dizer que ele realmente fez as coisas a seu modo.
O diretor Martin Scorcese, ítalo-americano como Sinatra, declarou: Ele foi um ídolo para mim, uma inspiração como ator, em filmes que estão entre os meus preferidos: From Here to Eternity, The Man With The Golden Arm, Some Come Running (Deus Sabe Quanto Amei-1958) e The Manchurian Candidate (Sob o Domínio do Mal-1962).
Em Cannes, a atriz francesa Jeanne Moreau também lamentou: Ele vai cantar com os anjos e tenho certeza de que eles existem.
Francis Albert Sinatra 12 de dezembro de 1915 - 14 de maio de 1998.
E-Mail= gilas.sevenart@gmail.com
Comentários
Postar um comentário