MESTRES DO WESTERN

Passemos agora aos mestres do memorável gênero faroeste ou o cinema americano por excelência, já dizia o francês André Bazin (1918-1958), renomado crítico de cinema, professor, palestrante, e um dos instituidores da revista Cahiers du Cinéma.
Na galeria dos grandes westernmakers do cenário ianque, abrimos esta página com a insigne figura de John Ford (foto), o cineasta contador de histórias, o Homero do cinema. John Ford (1894-1973) é o pseudônimo de John Martin Feeney, estreou como diretor em 1917 com o nome de Jack Ford. Em sua longa e prolífera carreira, da era do cinema silencioso aos talkies, Ford realizou, com soberba maestria,  mais de cem filmes de quase todos os gêneros e entrou para a história da Sétima Arte como o maior diretor de  westerns de todos os tempos.
A extraordinária popularidade  dos filmes de faroeste deve-se também aos seguintes cineastas: Raoul Walsh (1887-1980), Cecil Blount DeMille (1881-1959), Howard Hawks (1896-1977), Henry Hathaway (1898-1985), Henry King (1888-1982), John Sturges (1910-1992), Sam Peckinpah (1926-1984), Delmer Daves (1904-1977), Robert Aldrich (1918-1983), William Wyler (1902-1981), Anthony Mann (1906-1967), Budd Boetticher (1916-2001), Don Siegel (1912-1991), George Stevens (1904-1975), George Marshall (1891-1975), John Huston (1906-1987), Clint Eastwood (1930-) dentre outros realizadores de filmes espetaculares, que retratam a epopeia do Oeste norte-americano do século XIX:  os primeiros colonizadores, a corrida do ouro, o Pony Express, a rota das diligências, as vias férreas transcontinentais, o advento do telégrafo, a guerra entre índios e brancos, os mocinhos e os fora da lei... (ver nosso pocket book Ecos do Cinema).
O admirável gênero western, modelo clássico do cinema americano, com quase cem anos de existência e mais de dez mil filmes produzidos, é derrotado por outros gêneros e sai de cena nos anos noventa, ainda assim, inolvidável.
A verdade é que tudo tem o seu tempo, e no caso dos westerns eles chegaram ao apogeu seguido da decadência, do esgotamento de suas características, de seus limites e influências.
Em um documentário sobre os filmes de faroeste, intercalado com depoimentos de alguns astros famosos, o saudoso ator Jack Palance (1920-2006), comentou:
As proporções míticas do western são espantosas. Hoje é muito difícil vender este tema, porque o mito foi tão explorado que não sobrou nada... Fazer western atualmente, é como voltar para alguma coisa que não existe mais.
Para os apreciadores do gênero faroeste, arrolamos alguns títulos de grandes produções: The Big Trail-A Grande Jornada-1930, Stagecoach-No Tempo das Diligências-1939, Three Godfathers-O Céu Mandou Alguém-1948, Wagon Master-Caravana de Bravos-1950,The Searchers-Rastros de Ódio-1956, Two Rode Together-Terra Bruta-1961,  The Man Who Shot Liberty Valance-O Homem que Matou o Facínora-1962, Vera Cruz-1954, The Big Country-Da Terra Nascem os Homens-1958, Last Train from Gun Hill-Duelo de Titãs-1959, The Lawless Breed-Bando de Renegados-1952, El Dorado-1966, The Last Wagon-A Última Carroça-1956, How The West Was Won-A Conquista do Oeste-1962, The Wild Bunch-Meu Ódio Será Sua Herança-1969, Ride the High Country-Pistoleiros do Entardecer-1962, The Horse Soldiers-Marcha de Herós-1959, Red River-Rio Vermelho-1948, Rio Bravo-Onde Começa o Inferno-1958, Man of the West-O Homem do Oeste-1958, Shane-Os Brutos Também Amam-1953, The Life and Times of Judge Roy Bean-Roy Bean, O Homem da Lei-1972 etc.
Abaixo: Cena do filme Meu Ódio Será Sua Herança, de Sam Peckinpah. Da esquerda p/ direita, Ben Johnson, Warren Oates, William Holden e Ernest Borgnine.
 No cartaz, Sete Homens e um Destino-1960, de John Sturges.  Neste filme, Steve McQueen vive personagem "Vin". A saga  dos sete homens continua em mais três produções: Return of  the Magnificent  Seven-A Volta dos Sete Homens-1966, de Burt Kennedy, Guns of the Magnificent Seven-A Revolta dos Sete Homens-1969, de Paul Wendkos e The Magnificent Seven Ride-Sete Homens e Um Destino 3 -1972, de George McCowan.


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