Situada ao sul da Europa, a Itália, como sabe o leitor, é uma península em forma de bota, mais as ilhas da Sicília e da Sardenha. Ela é banhada por dois braços do Mediterrâneo: o mar Tirreno a oeste e o mar Adriático a leste. Conquistou fama pelas melhores iniciativas no campo da Sétima Arte. Produtores e diretores italianos da mais alta expressão ganharam notoriedade com filmes bem sucedidos, que entraram para as páginas de sua história.
No cenário do país da bota muito se destacaram os nomes de Genaro Righeli (1886-1949), diretor do primeiro filme falado italiano "Canção de Amor", que data de 1930, Alberto Lattuada (1914-2005), Mario Camerini (1895-1981), Carlo Ponti (1912-2007), Vittorio De Sica (1902-1974), Roberto Rosselini (1906-1977), Michelangelo Antonioni (1912-2007), Dino De Laurentiis (1919-2010), Luchino Visconti (1906-1976) e dentre outros, Federico Fellini (1920-1993), o gênio do cinema italiano, que foi casado com a atriz Giulietta Masina (1921-1994) durante 50 anos.
Destacamos também, como parte integrante da narrativa do cinema peninsular, a intensidade das composições musicais de Nino Rota (1911-1979), Felice Lattuada (1882-1962), Franco Ferrara (1911-1985) e Mario Nascimbene (1913-2002).
No ano de 1945, vésperas do final da Segunda Guerra Mundial (1º de setembro de 1939 - 9 de maio de 1945), começava na Itália um movimento denominado neo-realismo, que se originou das cinzas e dos escombros de um país devastado pela guerra. Esse movimento atingiu as artes, chegando à esfera cinematográfica, especificamente o cinema italiano, por sinal, sem eira nem beira, desprovido de recursos financeiros, em virtude da guerra. (Sobre o cinema neo-realista, ver nosso livro Crônicas em curta-metragem...).
Principais títulos da filmografia de Federico Fellini :
Luci del Varietà-Mulheres e Luzes-1950, dirigido em parceria com Alberto Lattuada, I Vitelloni-Os Boas Vidas-1953, La Strada-A Estrada da Vida-1954, ganhador do Oscar de melhor filme estrangeiro, Le Notti di Cabiria-Noites de Cabiria-1957, La Dolce Vita-A Doce Vida-1960, Boccaccio 70-1962, Otto e Mezzo-Oito e Meio-1963, Giulietta delgli Spiriti-Julieta dos Espíritos-1965, Roma-Roma de Fellini-1971, Amacord-1973 e Ginger Fred-1985.
Outras produções italianas que marcaram época: Carosello Napolitano-Carrossel Napolitano-1953, de Ettore Gianini, Pane, Amore e... -Pão, Amor e...-1955, de Dino Risi, Ill Bell' Antonio-O Belo Antonio-1960, de Mauro Bolognini, Rocco i Suoi Fratelli-Rocco e Seus Irmãos-1960, de Luchino Visconti, La Ragazza con la Valiglia-A Moça com a Valise-1960, de Valerio Zurlini, La Notti-A Noite-1961, de Michelangelo Antonioni, I Girasoli-Os Girassóis da Rússia-1969, de Vittorio De Sica etc.
Nas telas do cinema italiano, a beleza mediterrânea das seguintes estrelas: Sophia Loren (1934-), Rossana Podestà (1934-), Marisa Allasio (1936-), Anna Magnani (1908-1973), Liana Orfei (1937-), Monica Vitti (1931-), Gina Lollobrigida (1927-), Silvana Mangano (1930-1989), o encontro da beleza tunisiana e italiana de Claudia Cardinale (1938-), dentre outras estrelas de notável talento e de formas esculturais perturbadoras.
Dos talentosos atores sublinhamos Marcello Mastroianni (1923-1996), o também ator Vittorio De Sica, Sergio Fantoni (1930-), Alberto Sordi (1920-2003), Vittorio Gassmann (1922-2000), Peppino De Filippo (1903-1980), Franco Fabrizi (1916-1995), Amedeo Nazzari (1907-1979) e Guido Alberti (1909-1996).
Fotos: Sophia Loren, Claudia Cardinale, Monica Vitti e Gina Lollobrigida como a Rainha de Sabá, no filme Salomon and Sheba-Salomão e a Rainha de Sabá-1959, de King Vidor.
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