O CINEMA NOVO





 

Nos decênios de 1950, com a falência da Vera Cruz e da Maristela, eis que aparece no cenário cinematográfico brasileiro o ousado e polêmico Cinema Novo.
A base do Cinema Novo procede da formação jornalística, acadêmica e política, bem como da crítica cinematográfica, formadas por um grupo de intelectuais de uma nova geração de talentosos cineastas, influenciados pelo cinema neo realista da península italiana e pela Nouvelle Vague francesa. Eram profissionais da imprensa, que chegaram  para fazer filmes ideológicos, enfocando dramas políticos e sociais, para retratar aos olhos do espectador fatos bem brasileiros fortemente ligados à realidade nacional, identificando o Brasil com o seu povo.
A liberdade de expressão, os movimentos subversivos e os problemas sociais urbanos eram temas de destaque abordados pelo Cinema Novo.
Principais nomes ligados à nova estética do Cinema Novo:  Nelson Pereira dos Santos, Glauber Rocha e a sua máxima Uma câmera na mão e uma ideia na cabeça, Ruy Guerra,Walter Lima Junior, Roberto Santos, Leon Hirzsman, Luis Carlos Barreto, Carlos Coimbra, Cacá Diegues, Joaquim Pedro de Andrade, Arnaldo Jabor, Paulo Gil Soares, Walter Hugo Khouri, Gustavo Dahl e Paulo Cesar Saraceni.
Produções de relevância, que tiveram repercussão nacional: "Barravento"-1961,  "Deus e o Diabo na Terra do Sol"-1963, "Terra em Transe"-1967 e "O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro"-1969, de Glauber Rocha; "Os Cafajestes"-1962 e "Os Fuzis"-1963, de Ruy Guerra; "Noite Vazia"-1965, de Walter Hugo Khouri; "A Falecida"- 1965, do texto do jornalista e teatrólogo Nelson Rodrigues e "A Garota de Ipanema"-1967, da composição musical de Tom Jobim e Vinícios de Morais, do diretor Leon Hirzsman; "A Hora e a Vez de Augusto 
Matraga"-1966, de Roberto Santos; "Rio, 40 Graus"-1954, "O Boca de Ouro"-l962 e "Vidas Secas" 1963, de Nelson Pereira dos Santos, baseado na obra-prima de Graciliano Ramos; "O Padre e a Moça"-1965 e "Macunaíma"-1969, de Joaquim Pedro de Andrade; "O Bravo e o Guerreiro"-1968, de Gustavo Dahl; "O Desafio"-1965, de Paulo Cesar Saraceni"- etc.
Vale mencionar alguns nomes de grande destaque no Cinema Novo como Odete Lara, Jece Valadão, Grande Otelo, Jofre Soares, Átila Iorio, Darlene Glória, Nelson Xavier, Maria Rodrigues, Irene Stephania, Maria Gladys, Rodolfo Arena, Paulo César Pereio, Mauricio do Valle, Mario Lago entre outros.



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