A CIDADE ETERNA






Recuando para épocas bastante remotas, no ano de 79 d.C., no período do Primeiro Império, em Roma, quando reinava o imperador Tito, vamos em direção à grandiosa Pompeia, próxima à Baia de Nápoles e das cidades vizinhas de Herculano e Stabia, na península itálica. 
A beleza panorâmica de Pompeia caracterizava-se pelas plantações de oliveiras, vinhedos e pinheiros verdejantes. Também pelas belas residências decoradas com admiráveis afrescos, e ainda pelo ostentoso palácio, o anfiteatro para jogos, combates de gladiadores e de feras, e pelos soberbos templos com fachadas de ornatos arquitetônicos em mármore. Os templos traziam em seu interior imponentes esculturas de bronze, simbolizando a pluralidade dos deuses da mitologia romana como Júpter, Apolo, Fortuna, Vênus, Baco, Minerva, Marte, Netuno e entre outros, a deusa Isis, representada pela mitologia egípcia.



Ao fundo da paisagem de Pompeia, num plano mais afastado e elevado, a poucos quilômetros da cidade, descortinava-se o Monte Vesúvio, completando o cenário pictórico, motivo de inspiração para os poetas das artes plásticas.
O quadro pitoresco de Pompeia igualmente manifestava-se nas ruas, quase sempre apinhadas de cidadãos e turistas romanos, atraídos por uma cidade jubilosa, cheia de atrações festejadas com o sabor de bons vinhos e de belas mulheres. Pompeia, porém, não vivia somente de diversões, os cidadãos ocupavam-se, boa parte do valioso tempo, concentrando-se no labor, com lojas e barracas na animada praça do Fórum, permutando gêneros alimentícios e outras variadas mercadorias por honestos sestércios, antiga moeda dos romanos.
As atividades agrícolas no solo fértil da região proporcionavam boas colheitas de trigo, uva e outros vegetais de consumo.
No dia 24 de agosto, do ano 79, o sol estava no zênite do azulado céu pompeiano. Muitas pessoas encontravam-se neste dia no anfiteatro assistindo a combates de gladiadores.
Enquanto isso, uma espessa nuvem de fumaça envolvia o topo do Monte Vesúvio.
Por volta do meio dia, um estrondo ecoou por toda a cidade. Os raios do astro rei foram cobertos por enegrecida fumaça, e o dia tornou-se noite. Contínuos e fortes tremores destruíram toda a bela construção de Pompeia. Uma chuva de cinzas e pedras incandescentes caía sobre a cidade, jorrando um rio de lavas. A correria foi geral, cada um pensando em sua própria salvação. Mulheres, velhos e crianças morreram pisoteados pela multidão apavorada em meio a choros, gritos, lamentos e gemidos. Muitos fugiam espavoridos em direção às águas da baia de Nápoles. As explosões e tremores se seguiam destruindo tudo. Pompeia foi inteiramente soterrada. A fúria arrebatadora do Vesúvio também destruiu as cidades de Stabia e de Herculano, quando morreu o célebre naturalista Plínio, o Antigo.

O funeral  de Pompeia virou filme e  foi muito bem representado na produção cinematográfica da United Artists (hoje uma companhia da MGM) intitulada Gli Ultimi Giorni Di Pompei-Os Últimos Dias de Pompeia-1959, do diretor Sergio Leone, com Steve Reeves, Christine Kauffmam, Barbara Carrol, Fernando Rey, Anne-Marie Baumann e Mimo Palmara. Reeves vive o personagem de um centurião da sociedade pompeiana que alimentava-se a sede de vingança pelo assassinato de seu pai. O ponto alto deste filme é o retrato real do sinistro que eternizou Pompeia.
O turismo nas ruínas de Pompeia



Comentários