SUNSET BOULEVARD



O drama Sunset Boulevard é um filme em preto e branco da Paramount Pictures, dirigido por Billy Wilder, que nas telas brasileiras recebeu o nome de Crepúsculo dos Deuses.
Trata-se de uma bizarra produção de 1950, ainda hoje apontada como uma obra antológica do cinema americano.  
A atriz Gloria Swanson (1897-1983), aparece no notável papel de Norma Desmond, uma cinquentona endinheirada, atriz do cinema mudo dos anos vinte, desacreditada e deixada de lado pelos figurões de Hollywood.


Gloria Swanson
Miss Desmond carregava consigo um orgulho exagerado de ter sido, no passado, uma atriz de categoria. Transformou-se numa milionária prepotente e metida a besta. Vivia em sua imponente mansão em companhia de seu fiel mordomo Max Von Mayerling, interpretado pelo ator e diretor austríaco Erich Von Stroheim (1885-1957). Norma possuía uma luzidia limusine conversível, antiga, de marca Isotta Fraschini, ano 1932, de linhas arrojadas para sua época, com estofamento em pelo de onça e um telefone folheado a ouro. 


William Holden
Extremamente excêntrica, estava perdida no tempo com suas lembranças do passado. Na sala de estar da mansão, sobre um móvel, via-se uma coleção de porta-retratos com fotos de Norma, dos seus áureos tempos de atriz, e na parede, uma tela de cinema onde eram exibidos os filmes do seu glorioso passado. Max cuidava da projeção. Norma conhece Joseph Gilles, papel desempenhado  por William Holden (1918-1981), um moço boa pinta, caráter ambicioso, mas em fase de má sorte. Ele diz ser roteirista de filmes e que encontra-se desempregado e atolado em dívidas até o pescoço, visto que seus roteiros eram rejeitados pelos grandes estúdios de Hollywood. Ela demonstra interesse pelo desafortunado rapaz assim que ele diz ser um roteirista de cinema. Norma faz críticas em oposição às inovações na indústria cinematográfica como o technicolor e, sobretudo, do que ela mais detestava, os talkieso cinema falado, que chegara para sepultar definitivamente o cinema mudo. Gilles diz para ela: Lembro-me que você era uma atriz do cinema mudo. Você já foi grande, acrescenta. Norma responde com altivez: Eu sou grande. Os filmes é que ficaram pequenos. Enaltecia os companheiros de trabalho de sua época: Charlie Chaplin, John Gilbert, Douglas Fairbanks, Rodolpho Valentino e Greta Garbo. Cheia de pose, baforando a fumaça de seu cigarro adaptado em uma piteira de prata, ela enfatiza: Não era preciso diálogo, tínhamos rostos. Não há  rostos assim como o meu, talvez um: o de Greta Garbo.
Apesar de suas críticas em oposição às inovações na indústria do cinema, Norma ambicionava regressar às câmeras, tanto assim que chegou a escrever um roteiro para um filme de nome "Salomé", no qual ela assumiria  o papel-título. O filme seria, segundo ela, dirigido por Cecil B. DeMille. 
O referido roteiro necessitava de retoques, então, Norma contrata o rapaz para o serviço de revisão. Para sair do atoleiro, Gilles, de pronto, aceita a proposta, e estipula uma remuneração de US$ 500,00 por semana. A milionária não contesta, porquanto dinheiro não era problema para ela.

Isotta Fraschini
Crepúsculo dos Deuses envolve o espectador em momentos de tensão numa atmosfera de revelações surpreendentes, paixão desenfreada, obsessão, gigolotagem, enganos e mentiras até chegar  a um trágico epílogo. 
Esta produção, que não poderia faltar em nossa filmoteca, recebeu excelente crítica e obteve boa bilheteria.
O roteiro é de Charles Brackett, Billy Wilder e do jovem repórter da Time-Life, D.M. Marshman. Também no elenco Nancy Olson, Jack Webb, Fred Clark e participações especiais de Buster Keaton e Cecil B. DeMille.


Billy Wilder (1906-2002).  Entre vários filmes que dirigiu, The Lost Weekend-Farrapo Humano-1945, premiado com o Oscar, é o estudo definitivo sobre o alcoolismo.


Comentários

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