Vamos recuar para a época em que os ponteiros do tempo apontam para o século XIX; situemos-nos no Continente norte-americano, quando um cidadão do Leste, o jornalista e político Horace Greeley (1811-1872) proferiu a seguinte frase: Go West, young man, and grow up with the country-"Vá para o Oeste, jovem, e cresça com o País".
As palavras do senhor Greeley, tal como um clarim, vibrou o espírito de centenas de pessoas que passavam por dificuldades no Leste.
Procedentes de Saint Louis, na confluência dos rios Missouri e Mississipi, migrantes esperançosos incitados pela frase do Sr. Greeley, fizeram o uso de carroças de quatro rodas, com o topo em forma de arco coberto com toldos brancos (Conestoga Wagons), para se abrigarem dos rigores do tempo, e partiram em fila indiana rumo às desconhecidas e selvagens regiões do Oeste em busca de terra, de ouro, e de aventuras. Cavalos, mulas e bois puxavam as pesadas carroças transportando famílias, armas, munições, víveres e utensílios domésticos. Guias a cavalo iam à frente para orientar o caminho e prevenir contra possíveis ataques de índios, visto que já tinham ouvido descrições acerca dos destemidos Comanches e Apaches Chiricahuas.
Alguns grupos assentavam suas famílias em lugares por onde passavam e construíram habitações de madeira, pois a terra era boa para o plantio, o líquido precioso corria com fartura e a caça era abundante. Um outro grupo de americanos seguidores da seita Mórmon também buscavam outros caminhos. Os mórmons partiram para o Oeste à procura de um lugar tranquilo onde poderiam adorar o Deus à sua própria maneira.
Depois de passarem as maiores dificuldades e sacrifícios, alcançaram a região do Grande Lago Salgado, em Utah. Construíram habitações, escolas, igrejas, cultivaram a terra, abriram ruas e avenidas. Atribui-se aos mórmons a fundação de Salt Lake City, hoje a capital do Estado de Utah.
Pouco a pouco, os pioneiros, a duras penas, transformaram o território virgem do Far West em cidades e povoados com habitações de madeira, igrejas, escolas, delegacias, armazéns, hotéis, ferrarias para atender os cavalos, bancos, barbearias e os afamados saloons que proporcionavam divertimentos aos seus frequentadores e, de certa forma, contribuíram para o desenvolvimento social e cultural de um povo desbravador.
O saloon era quase uma instituição em todo o Oeste americano. Recebia visitantes de culturas e hábitos diferentes, viajantes cansados e famintos que gastavam com prazer seus dólares para usufruir de uma boa diversão. Assemelhava-se a uma espécie de bar, porém com espaço para jogos de roleta e baralho, hospedarias e a presença indispensável do pianista, de belas mulheres ruivas e morenas e das dançarinas de Cancã, dança ruidosa e tradicional dos cabarés de Paris. Estabelecimentos muito comuns existentes nas cidades dos Estados Unidos, por mais pequenas que fossem, e que serviam de parada obrigatória para todo forasteiro que chegava a cavalo ou por diligência, sedento por um banho, um trago de uísque, um bife bem passado, mulheres e um jogo de pôquer.
Local onde também acontecia altercações rotineiras, um cenário habitual de brigas e tiroteios, incitados por indivíduos embriagados e violentos.
Bill Purse, em sua literatura de bolso sobre as histórias do faroeste, define perfeitamente o papel destes Saloons. Eis como ele o descreve:
As palavras do senhor Greeley, tal como um clarim, vibrou o espírito de centenas de pessoas que passavam por dificuldades no Leste.
Procedentes de Saint Louis, na confluência dos rios Missouri e Mississipi, migrantes esperançosos incitados pela frase do Sr. Greeley, fizeram o uso de carroças de quatro rodas, com o topo em forma de arco coberto com toldos brancos (Conestoga Wagons), para se abrigarem dos rigores do tempo, e partiram em fila indiana rumo às desconhecidas e selvagens regiões do Oeste em busca de terra, de ouro, e de aventuras. Cavalos, mulas e bois puxavam as pesadas carroças transportando famílias, armas, munições, víveres e utensílios domésticos. Guias a cavalo iam à frente para orientar o caminho e prevenir contra possíveis ataques de índios, visto que já tinham ouvido descrições acerca dos destemidos Comanches e Apaches Chiricahuas.
Alguns grupos assentavam suas famílias em lugares por onde passavam e construíram habitações de madeira, pois a terra era boa para o plantio, o líquido precioso corria com fartura e a caça era abundante. Um outro grupo de americanos seguidores da seita Mórmon também buscavam outros caminhos. Os mórmons partiram para o Oeste à procura de um lugar tranquilo onde poderiam adorar o Deus à sua própria maneira.
Depois de passarem as maiores dificuldades e sacrifícios, alcançaram a região do Grande Lago Salgado, em Utah. Construíram habitações, escolas, igrejas, cultivaram a terra, abriram ruas e avenidas. Atribui-se aos mórmons a fundação de Salt Lake City, hoje a capital do Estado de Utah.
Pouco a pouco, os pioneiros, a duras penas, transformaram o território virgem do Far West em cidades e povoados com habitações de madeira, igrejas, escolas, delegacias, armazéns, hotéis, ferrarias para atender os cavalos, bancos, barbearias e os afamados saloons que proporcionavam divertimentos aos seus frequentadores e, de certa forma, contribuíram para o desenvolvimento social e cultural de um povo desbravador.
Local onde também acontecia altercações rotineiras, um cenário habitual de brigas e tiroteios, incitados por indivíduos embriagados e violentos.
Bill Purse, em sua literatura de bolso sobre as histórias do faroeste, define perfeitamente o papel destes Saloons. Eis como ele o descreve:
Era através dos saloons que os homens tomavam conhecimento dos hábitos de outros estados e até mesmo de outros povos. Era através dos saloons que se divulgavam manias e modismos como jogos diferentes, vícios diversos daqueles a que estavam habituados os habitantes de um determinado lugar. Era através das coristas do saloon que os homens reaprenderam que as mulheres eram feitas também para amar e não apenas para trabalhar nos ranchos e nas lavouras, muitas vezes substituindo as mulas de carga. Era através da maneira de se vestir e de se portar das prostitutas e das coristas do saloon, que as senhoras da sociedade das cidades a oeste do Mississipi faziam seus trajes, exercitavam o seu comportamento, sempre com a intenção de competir com as primeiras e de manterem seus maridos longe delas.
Os saloons mais sofisticados funcionavam em conjunto com o hotel da cidade. Os mais pobres tinham, nos fundos, sórdidos cômodos que poderiam abrigar viajantes ou alguns mais entusiasmados com a plástica das coristas e que não se importavam de maneira alguma em oferece-las por alguns dólares, para passar momentos de ilusão, gozando de um amor mercenário: o prazer a troca de dinheiro.
Quando um grupo de bandidos ameaçava um saloon, a cidade em peso voltava-se contra eles. Quando alguma coisa acontecia que justificasse o saloon fechar suas portas, podia se escrever: os dias daquela cidade estavam contados. Muito em breve, ela se transformaria em mais uma das muitas cidades- fantasma de que estava cheio o oeste dos Estados Unidos.
Assim, podia-se dizer que os saloons eram o coração, as pernas e a alma de uma cidade.
Esses e outros episódios, que ilustram o passado do Oeste norte-americano, foram revividos em muitos filmes do gênero faroeste, tais como:
Esses e outros episódios, que ilustram o passado do Oeste norte-americano, foram revividos em muitos filmes do gênero faroeste, tais como:
The Big Trail-A Grande Jornada-1930, de Raoul Walsh, Wells Fargo-Uma Nação em Marcha-1937, de Frank Lloyd, Wagon Master-Caravana de Bravos-1950, de John Ford, Rio Bravo-Onde Começa o Inferno-1950, de Howard Hawks, Gunfight at O.K. Corral-Sem Lei e Sem Alma-1957 e Last Train From Gun Hill-Duelo de Titãs-1959, ambos de John Sturges, Tombstone-1994, de George P. Cosmatos, Silverado-1985, de Lawrence Kasdan, How the West was Won-A Conquista do Oeste-1962, de John Ford, Henry Hathaway e George Marshall, dentre outros tantos.
O aclamado cinema faroeste, apesar de extinto das telas, permanece na memória dos diletantes do gênero e está presente nos usos e costumes que não se perderam no tempo como: a calça jeans, a bota, o chapéu de cowboy, o lenço de pescoço e as populares festas de rodeios repletas de atrações - domadores de touros bravios, desfile de ginetes, danças folclóricas, comidas tipicas, bandas de música...
Imagens de saloons
Saiba mais sobre o passado do Far West, em nossa publicação de 03 de março de 2014.
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